quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sem encantos

Poderiam escorrer lágrimas dos cantos dos meus olhos, mas isso somente se elas fossem inevitáveis. No caso de eu poder escolher, prefiro ao sorriso bem no meio do meu rosto. Acho que na vida todo mundo tem momentos em que não aguenta mais ouvir falar de amor, escutar músicas que façam alusão a um ser encantado, ou ler historinhas, repetidas, apaixonadas(por falar nisso, vou lembrar de comprar HQs). As pessoas têm vontade de ir ao cinema, porque é um lugar agradável e diferente da nossa casa, mas lembrar que é um canto idealizado romântico, onde deve-se ir acompanhada ou sabendo que se assistirá filmes em que todos têm companhia - até os filmes de ação, acaba fazendo com que os desacompanhados percam o interesse por essa arte - o cinema, claro. Tem horas que nós não aguentamos mais tanto faz de conta. Parece que "A bela adormecida" e a "Cinderela" continuam até hoje. A diferença é que estão embutidas em historias romanescas baratas, que alimentam o sonho de um príncipe encantado, totalmente apaixonado e uma união chata, de casais perfeitos. O que vem mudando é apenas a contextualização. A forma com que os assuntos "encantados" estão sendo abordados, ou onde eles estão sendo apresentados. Mas as barreiras com o passado ainda não foram rompidas, pelo contrário, agora tem muito mais gente tirando vantagem da paixonite das pessoas. As propagandas mostram casais lindos. Homens e Mulheres perfeitos. Isso pra que os consumidores, nós, tenhamos vontade de comprar algum produto somente pelo fato de acreditarmos que o amor perfeito seja real, ou ao menos acreditarmos que é possível esse sonho realizar-se conosco. Enquanto isso, publicitários e empresários engordam suas contas bancárias. E nós nos mantemos miseráveis, sem príncipes encantados, e sem percebermos o quanto somos marionetes do capitalismo, das corporações. Não precisamos sonhar mais do que viver. Se pudermos fazer os dois, que bom. Senão, façamos o que vivemos realidade e não esqueçamos dela, não a troquemos por "faz de conta", isso é praticamente supérfluo para uma vivência realizada. Luiza Machado Vasconcelos Matos Cavalcante

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Ocê é doce como mel"

Esse momento novo é muito esquisito. Tem suas milhões de vantagens estar sozinha, mas em compensassão, tem horas que uma companhia agradável faz uma falta. Porém, não tem problema nenhum, porque estou descobrindo a melhor companheira, e que eu sei que não vai me abandonar nunca: eu mesma! Sério, não perdi o juízo! É que talvez por tanto tempo eu me dividir, tenha esquecido de me conhecer inteiramente. Mas sempre é tempo, até porque eu estou constantemente em transição e isso é até bom. Eu não enjou de mim.
Passou! Pronto! Acabou o egocentrismo!
Puxa, tenho que contar, hoje fui de novo poetisa. Escrevi três poeminhas. rsrrsrs. E aí, ficou bom, linda?

Ah... aqui vai um toque social: Prestem atenção no que vocês estão assistindo. Vocês podem estar apenas sendo alvo da lucratividade de um sistema inteiramente egoísta, medíocre e persuasivo.
Depois eu vou escrever mais sobre isso. Acho que é fundamental um toque social aqui no blog.
Só não continuo porque meu corpo tá pedindo pra parar, ele tá cansado!

Bons sonhos!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Voltei!

Cai de para-quedas e é aqui que vou ficar. Ah... se fosse! Antes de morrer eu quero saltar de para-quedas, nem que seja quando eu já souber que vou morrer, aí não vou ter muita coisa a perder.
Esqueci! Puxa, minha memória é falha comigo de vez em quando. Mas espera aí, alguma coisa eu lembro. Certo. Visita. Isso. Ontem eu recebi uma visita da minha prima linda. Já sabe quem é, né?! Isso mesmo, a linda! Alguns vídeos engraçados no notbook e logo já era a hora de sairmos. Minha primeira aula já era. Juntou meu atraso com a falta de vontade para teoria da comunicação. Espero a segunda aula. Deve ser melhor, psicanálise. Muitas anotações no quadro, o relógio corria. Um telefonema. Talvez eu deva mesmo ir embora e botar meu dia letivo a perda. Pronto, já era. Pra onde vamos prima? Não sei, estou com fome. Uma voltinha de carro pela badalada Fortaleza. Praia? Não... Desfile? Pode ser. Vamos tentar esse aí. Finalmente uma vaga, estacionamento difícil. Já estamos com ingressos nas mãos, comprado, claro. Nos garantiram que o show ainda não tinha começado. O desfile podia estar no fim, mas o show... bem... O show do Marcelo D2. “Cabelo enrolado – sei lá”. Ele dizia: obrigado pessoal, foi um prazer estar em Fortaleza! Como é que é prima? Acho que não estou entendendo. É isso mesmo. Ultima música. Acabou! Trágico, mas engraçado. Vamo nessa!!! Aqui não ta mesmo com nada!!! E a fome? Agora sim, vamos comer! Onde? Sei não. Oliveira Paiva. Que bom. Mais dinheiro gasto. Tudo bem, ele serve é pra isso mesmo. Cama. Sono. Já era!!!

sábado, 3 de maio de 2008

Retrato de um momento familiar

A calçada, a conversa entre família, o assunto pronunciado aos cochichos. Era esse o ambiente. Eu e minha prima no batente e nossos os Machado do lado. Acabou. Vamos para casa. Tchau família. Mãe me deixa em casa e leva a minha comida depois, obrigada! Ligo o computador. Escrevo um pouco. Gravo umas recordações, apago outras. De repente uma surpresa, era ele, o vento. As portas se batiam. Anunciava a chegada dela, exatamente, a chuva não tardou. Música, claro. É essencial. Algo relaxante. Uma vontade repentina de recordar a infância apareceu. Puxo a grande caixa com fotos. Muitas fotos. Via minhas duas famílias ainda jovens. Minhas duas irmãs, meus dois irmãos, minhas duas mães. Desde pequena já era apegada com minha prima-irmã, ela era meu espelho. Então como pode a gente ter se tornado tão diferente? Que bom. Significa que eu não perdi minha essência. Meu pescoço me faz parar. Já não agüentava mais a mesma posição. Um papo cabeça com O Cara, e eu já permitia a atividade dos meus sonhos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Navegar é preciso se não a rotina me cansa.

A rotina me cansa! Isso mesmo. Então, vou dar chances para o inusitado, não todos, mas o melhor sim. Será que eu sei o que é o melhor? Esquece! Não quero ter muita certeza de nada não. Não era mais tudo tão estranho assim, dentro de mim já haviam acontecido mudanças que me faziam ver aquele momento com outros olhos. A fila, puxa, essa era realmente grande! Vamos lá, viemos aqui pra isso! Deu tudo certo. Aqui realmente estamos. Circunstância inovadora, mas não assustadora! Esquecemos os documentos, voltamos. Não daria para desmentir nossa fisionomia de menor idade, era preciso provar. Pronto, tudo resolvido. Entramos. Caraca!!! Que fila! Mais outra... E dessa vez só para comprar bebiba. Tudo bem, outra etapa vencida. Não! Balde? Sim! Recebemos um balde. E como não tinhamos como ficar carrendo pra onde fóssemos, naquela multidão, com ele nos braços, fiquamos por ali mesmo, pelo bar, no balcão. Ôpa, ganhei uma água. Obrigada! Mudança de lugar. Acidentes. Mãos queimadas. Tentativas indesejadas. Danças desarrumadas e uma música superagradável! Era esse o ambiente. A noite se estendeu e mais acontecimentos. Mas esses não precisam ser escritos não. Eu não seria boa com as palavras. No carro, sorrisos distintos, mas sim: sorrisos! Sensações novas. Bons sonhos. Hoje o inconsciênte ajuda.

"Esperando verdades
De criança
Um momento bom como
Voltar com a maré
Sem se distrair
Navegar é preciso se não
A rotina te cansa
Tristeza e pesar
Sem se entregar..."

Prestênção criatura!

01/05/07

Sério? Você vai voltar sozinha? Menina, se você fosse filha da minha esposa não ia de
jeito nenhum! E o carro, ta com gasolina? E o celular, está carregado? Êita, preocupação
de pai! Às vezes a galera da faculdade parece mesmo uma família. E o nosso amigo mais
moço faz o papel de nosso paizinho. Sim, eu fui. Voltei pra minha cidadezinha, era um aniversário importante. E como todo aniversário, não podia esperar. Rolou um pagode, vixe... Toquei (imagine quão bem!) e até sambei. Era só entre amigos. Conversa típica de uma cidade pequena, sempre com um toque de machismo e displicência, é um tempero comum dos diálogos. Já estava
tarde, tínhamos que voltar para nossas casas. Dei algumas caronas, e, claro, sempre aparecem piadinhas e insinuação desagradáveis e irreais a respeito de um ex-casal de namorados, comentário que irão resultar na notícia do outro dia. Com frieza, a noite se foi.

Luiza Matos

quarta-feira, 30 de abril de 2008

"Hoje eu acordei pensando numa vida boa que ainda pode melhorar"

Acordo já atordoada, vamos a padaria? Não!!! Não quero sair da cama nem arrastada. Mas tamanha é a insistência que não tem outro jeito. Ao voltar, comi e lá estava eu de novo, pronta para dirigir. Fui ao encontro do barroco, mas vi mais que isso. Em seguida, lá estávamos, eu e minha prima, rindo, como sempre, e chegando com um bolo na mão, que por sinal tinha mais velas do que bolo. Fomos a casa de uma amiga dela, mulher de família pequena, mas que tinha simplicidade no olhar. Eu, minha prima, e o filhinho da aniversariante, éramos os únicos convidados para aquela comemoração inesperada. Foi bom ver um sorriso surpreso, e saber que fui parte contribuinte para que ele aparecesse. Enfim, vamos a saga da Paranguaba. Primeiro uma voltinha pela cidade com nosso amiguinho que estava apreensivo por estar no carro em que eu dirigia (não sei porquê!). E depois, eu e minha prima fomos para sua casa. Claro, uma merendinha primeiro, em seguida, mais trânsito para irmos pro outro lado da cidade. A aula ainda nos esperava. Músicas do nosso gosto nos acompanhavam pelo trajeto. Entro na faculdade animada. Uma aula cansativa, depois fotos, e... pronto! O compromisso já estava terminado. Sorrisos colavam em mim. Pego minha companheira, agora mais uma voltinha pela cidade, ruas até desertas, planos surgindo, idéias iam se formando, chegamos em casa! Comer é importante. Depois ela dorme e eu me encontro novamente com minha paixão resgatada, a leitura. Termino o livro que havia começado no dia anterior e meu interior já ganha crescimento. É tarde! Amanhã um novo dia, é preciso repouso. Espero que meu inconsciente demonstre-se favorável a mim. Ou seja, bons sonhos garota!